Aliados do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acreditam que o parlamentar vai seguir nos Estados Unidos e já começam a cogitar uma “campanha eleitoral à distância” no ano que vem, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, abriu um inquérito para investigá-lo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Eduardo se licenciou do cargo em março deste ano para permanecer nos Estados Unidos, para buscar punição ao ministro do STF.
No entanto, o regimento da Câmara diz que um parlamentar tem direito à licença por interesse particular por 122 dias, o que obriga Eduardo Bolsonaro a retornar às suas atividades parlamentares em 22 de julho. A licença não é renovável. O deputado pode seguir com faltas injustificadas até um terço das sessões, e pode perder o mandato caso ultrapasse esse limite. No entanto, cabe ao presidente da Casa aplicar a regra.
De acordo com a publicação, interlocutores dizem que Eduardo só voltaria ao Brasil quando estivesse seguro. Inicialmente, havia uma expectativa de que ele poderia retornar ao país quando saíssem as sanções contra autoridades brasileiras.
Agora, o entendimento é de que ele deve ficar nos EUA mesmo no ano que vem, quando serão realizadas eleições. Aliados acreditam que Eduardo só voltaria caso houvesse uma grande mudança no cenário. Com isso, existe a possibilidade de ele fazer uma campanha à distância para o Senado. No entanto, essa hipótese não é dada como certa.
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