A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, atingindo o menor patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 7%, e de 1,1 ponto em comparação com o mesmo período de 2024. O número absoluto de pessoas desocupadas caiu para 6,3 milhões, uma retração de 17,4% em relação aos três primeiros meses do ano.
Além da redução no desemprego, o país também bateu recordes positivos na ocupação: são 102,3 milhões de brasileiros empregados, o maior número já registrado. O crescimento foi de 1,8% no trimestre e de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Carteira assinada em alta
O número de trabalhadores do setor privado com carteira assinada chegou a 39 milhões, também um recorde da série histórica. Isso representa um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% na comparação anual, com 1,4 milhão de vagas formais criadas em um ano.
Já os empregados sem carteira somam 13,5 milhões, com leve alta de 2,6% no trimestre. Apesar do crescimento recente, essa forma de contratação segue praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior.
A taxa de informalidade ficou em 37,8%, com 38,7 milhões de pessoas atuando sem vínculo formal de trabalho.
Menos desalento, mais rendimento
Outro dado que reforça o cenário de melhora no mercado de trabalho é o número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego. Essa população caiu para 2,8 milhões, uma redução de 13,7% no trimestre e de 14% na comparação anual.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui os desocupados, os subocupados e os desalentados, caiu para 14,4%, também o menor índice desde 2012.
Já o rendimento médio real habitual dos trabalhadores subiu para R$ 3.477, novo recorde. A alta foi de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2024. A massa de rendimentos chegou a R$ 351,2 bilhões, um aumento de 5,9% no ano.
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