O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Deputado Federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), publicou uma nota à imprensa na manhã desta sexta-feira, 18/07, em seu perfil no X (Ex-twitter) em que classifica a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF, Alexandre de Moraes, como “ação ditatorial”.
Eduardo é citado na decisão que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como utilização de tornozeleira eletrônica, proibição de utilizar as redes sociais, manter contato com embaixadores de outros países, manter distância de 200 metros de embaixadas e recolhimento domiciliar das 19h às 07h.
O ministro seguiu um pedido da Procuradoria Geral da República - PGR, em que o Procurador Paulo Gonet, solicita tais medidas alegando risco de fuga de Jair Bolsonaro, na esteira dos acontecimentos envolvendo o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e as sanções económicas estabelecidas contra o país. Em uma carta publicada na rede social Truth Social, Trump sinalizou que o processo contra Jair Bolsonaro seria “caça às bruxas” e condiciona, em parte, as medidas tarifárias ao processo contra o ex-presidente.
Eduardo está nos Estados Unidos desde março deste ano, em busca de apoio do governo note-americano para pressionar o Brasil a aprovar uma anistia para o ex-presidente e os envolvidos na tentativa de golpe de estado após as eleições presidenciais de 2022. Confira a íntegra da nota publicada por Eduardo Bolsonaro:
NOTA À IMPRENSA
Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando. Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil — alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal —, a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por @realDonaldTrump ao Brasil. Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos — um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis. Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele — cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados — até que a nossa voz seja ensurdecedora.
Eduardo Bolsonaro,
Deputado Federal em Exílio
Filho do Presidente
NOTA À IMPRENSA
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 18, 2025
⁰Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma… pic.twitter.com/oi5PhKZrxp
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