A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal do Brasil (RFB), deflagrou nesta sexta-feira (27/6) a quarta fase da Operação Overclean, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos, nas cidades de Salvador/BA, Camaçari/BA, Boquira/BA, Ibipitanga/BA e Paratinga/BA, 16 mandados de busca e apreensão e três ordens de afastamento cautelar de servidores públicos de suas funções, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
O núcleo investigado é suspeito de atuar na liberação de emendas parlamentares destinadas aos municípios baianos de Boquira, Ibipitanga e Paratinga, no período de 2021 a 2024, mediante pagamento de vantagem indevida, além de atuar na manipulação de procedimentos licitatórios.
Os crimes apurados incluem integrar organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro.
Veja quem são os alvos:
Ibipitanga
Prefeito: Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira (PT)
Medidas: Mandado de busca e afastamento do cargo
Boquira
Prefeito: Alan Machado França (PSB)
Medidas: Mandado de busca e afastamento do cargo
Paratinga
Ex-prefeito: Marcel José Carneiro de Carvalho (PT)
Medida: Mandado de busca
Além dos gestores municipais, a operação também teve como alvo o assessor parlamentar Marcelo Chaves Gomes, ligado ao deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA). Contra ele, foram determinadas buscas e afastamento das funções.
A ofensiva também se estendeu a empresários e empresas suspeitas de participação no esquema fraudulento. Foram autorizadas medidas de busca contra esses alvos, cuja identidade não foi oficialmente revelada até o momento.
Outra medida autorizada pelo STF foi a quebra do sigilo telefônico do deputado federal Félix Mendonça Júnior, bem como de outros investigados, para aprofundar o mapeamento das ligações entre políticos, assessores e empresários envolvidos no suposto esquema.
A operação apura crimes cometidos entre 2021 e 2024, relacionados a corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
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