Atendendo ao pedido da Procuradoria Geral da República - PGR, o ministro Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli após a deputada anunciar que está fora do país, 20 dias após o supremo condenar ela a 10 anos de prisão por conta da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça - CNJ.
O ministro também acatou outra solicitação da PGR e determinou que a PF realize os procedimentos necessários para inclusão de Zambelli na difusão vermelha da Interpol, bem como informe ao juízo sua localização, para viabilizar o competente pedido de extradição. Os países que poderão ser o destino da parlamentar terão que ser comunicados sobre a decisão do ministro.
Na decisão, Moraes também determinou:
- o bloqueio dos passaportes da deputada, inclusive o diplomático;
- o bloqueio do salário pago pela Câmara dos Deputados, incluindo a verba de gabinete;
- os bens, ativos e contas bancárias e de quaisquer tipos de transferências, inclusive para recebimento de Pix, bem como de cartões de crédito/débito, e investimentos ativos;
- os veículos, imóveis e as embarcações e aeronaves que estejam registrados no nome de Zambelli;
- o bloqueio de títulos privados, títulos públicos e derivativos, aplicações em fundos de investimento, VGBL, PGBL, aplicações em LCA e LCI, aplicações em CDB’s, RDB’s, COE, ouro e afins, previdência privada, cartas de consórcio e criptomoedas; e
- o bloqueio de todas as redes sociais da deputada, sob pena de multa diária de R$ 100 mil às empresas que as mantiverem em funcionamento.
O advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Bialski, afirmou por meio de nota que deixou a defesa, momentos após a parlamentar deixar o país.
"Eu fui apenas comunicado pela Deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da Deputada, como já lhe comuniquei. Agora, detalhes sobre ela devem ser requisitados à Karina, assessora da Deputada.", diz o comunicado.
Em entrevista à CNN, a parlamentar disse que não avisou o advogado sobre a viagem para não o prejudicar. “Eu não falei para o meu advogado e isso dá motivo suficiente para ele deixar o meu caso, mas fiz isso para não prejudicá-lo e para não colocar ele com uma lupa em cima dele”, relatou.
Comentários: