A Petrobras anunciou uma redução de 4,9% no preço médio da gasolina vendida às distribuidoras, que passa a valer a partir desta terça-feira 21/10. O valor do litro cairá de R$ 2,85 para R$ 2,71, o que representa R$ 0,14 a menos por litro. Esta é a segunda queda no preço em 2025, acumulando uma redução total de cerca de 10,3% no ano.
No entanto, os motoristas de Jequié dificilmente verão essa redução refletida de imediato nas bombas. Isso porque o estado da Bahia é abastecido pela Refinaria de Mataripe, operada pela Acelen, que mantém uma política de preços independente da Petrobras.
A Acelen anunciou uma redução menor, de 2,4%, no preço da gasolina vendida às distribuidoras baianas, passando de R$ 2,87 para R$ 2,80. Mesmo assim, os valores nas bombas permanecem altos.
De acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina comum na Bahia é de R$ 6,30 por litro. Em Jequié, os registros mais recentes mostram o combustível sendo vendido entre R$ 6,20 e R$ 6,57, dependendo do bairro e da bandeira do posto.
“A redução é positiva, mas o consumidor em cidades do interior, como Jequié, sente o efeito com mais demora. A logística e os custos locais acabam pesando”, explica um especialista do setor ouvido pela reportagem.
Além disso, fatores como frete, margens de lucro, impostos estaduais e federais também influenciam no preço final pago pelo motorista.
Para muitos jequieenses, a notícia da redução soa mais como um alívio distante do que uma mudança real no orçamento. “A gente abastece R$ 100 e mal enche meio tanque. Toda vez que falam em redução, o preço aqui continua o mesmo”, comenta um motorista de aplicativo
Mesmo com o corte anunciado pela Petrobras, a Bahia segue entre os estados com gasolina mais cara do Nordeste. A expectativa é que, caso a tendência de queda se mantenha, os postos comecem a repassar os descontos gradualmente nas próximas semanas, dependendo da política de compra de cada distribuidora.
Comentários: