Após a grande repercussão sobre o pedido impetrado na justiça do trabalho, contra uma empresa que teria se recusado a conceder licença maternidade a uma funcionária “mãe” de um bebê reborn (Boneco com textura e feições semelhantes a uma criança real), a advogada Vanessa de Menezes Homem, autora da causa, pediu o arquivamento da ação e que o processo fosse colocado em segredo de justiça.
Na petição, a advogada argumenta que: “devido a grande repercussão nacional do caso, causando constrangimento a cliente e risco à integridade física” solicita ao juiz competente o arquivamento do pedido.
Em entrevista ao site Migalhas, Vanessa afirma o objetivo inicial era buscar uma rescisão indireta por danos psicológicos, mas a estratégia de incluir o pleito pela licença era para ser como uma "hipótese teste" para provocar debate jurídico, o que, segundo a causídica, saiu do controle: "Poxa, vamos colocar na petição como se fosse um caso real para ver qual seria o entendimento do tribunal", ponderou Vanessa.
No dia 29/05, o Juiz Júlio César Massa Oliveira, da 16ª Vara do Trabalho de Salvador (BA), homologou a desistência da parte autora do processo, mas negou o segredo de justiça e ainda peticionou a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Polícia Federal e o Ministério Público, para investigar a possibilidade de falsidade documental. Na petição protocolada pela advogada Vanessa de Menezes, foi incluída uma procuração em nome de outro advogado que, ao saber do processo, informou desconhecer qualquer ato relacionado e que não fazia parte do processo. Em resposta a este questionamento, a advogada afirmou que cometeu um equívoco ao incluir a procuração do advogado.
Ela ainda afirma que a repercussão negativa da causa tem trazido transtornos à sua atividade profissional e que deseja voltar ao anonimato. "Minha vida está um inferno e eu quero ser esquecida por todos. Eu acho que você nunca ouviu isso, mas eu só quero voltar a ser ninguém, sabe?", revelou Vanessa ao portal Migalhas.
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